terça-feira, 30 de novembro de 2010

O tempo tem tomado papel proporcional também com meu modo de ver as pessoas ao meu redor, a medida que ele passa, minha insegurança aumenta. Não dispenso ter amigos por perto, mas me assusto um bocado quando vejo que, efetivamente, estou só. Por conta disso, tenho me apegado a mim mesma de tal forma que fico inóspita ao lado de fora.
Penso em nunca mais arriscar por ninguém, nunca mais confiar em ninguém e nunca mais ser alguém pra ninguém. Mas só penso! O nunca mais é ilusório demais, e de ilusão eu vivo bem pouco. O que acontece mesmo é que recordar certas decepções me deixa um tanto quanto desperançosa como todo mundo. Sei que parece exagero ou muito plural, só que to sentindo uma canseira generalizada, sabe? O velho hábito de esperar o bem das pessoas detonou comigo.
Bom, até que essa solidão interna não é lá tão ruim. Saber que posso contar sempre comigo é mais confortante e seguro, parece indolor (ou de dor menor). Se eu fracassar, serei eu a responsável, e acredito que a decepção não será tão grande. Não quero mais ter que me culpar por culpar alguém de ter esquecido de usar a lealdade comigo. Esse esquecimento me parece frequente demais pra tanta culpa, então é a lealdade que não existe, deixa isso pra lá.
Levando em consideração que o tempo varia de rota, muda nossas concepções e dá uma de curandeiro, quem sabe tudo isso também não passa junto com ele?!




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